Talvez o use demais, talvez o deixe exausto, talvez deite tudo cá para fora aos soluços e solavancos num estrondo de palavras de cada vez. Mas no tempo em que esta imaginação desequilibrada desmaia, mais e mais pensamentos de ti se juntam e, mais cedo ou mais tarde, mais um soluço, no meio de um choro de sentimentos e emoções, é atirado para uma folha em branco em que imagino dois bonequinhos sorridentes: um com o meu nome e outro com o teu.
É mais um dia que passa e mais um dia em que o nervoso miudinho aumenta para se tornar num bem adulto. Mais um dia que passa e menos um para te ver, por isso hoje, fora de todos os outros dias, peço-te que imagines comigo.
Imagina o dia em que te vir, o dia em que te tocar outra vez e te sentir mais perto que nunca. Imagina o dia em que vou ser só eu e tu depois de chamadas em que só a visão trabalha. Imagina o meu toque, o meu cheiro, a minha mão na tua, os meus braços em ti e os meus lábios nos teus. Imagina uma tarde de cinema em que encostas a tua cabeça de cabelos pretos ao meu peito, contentor de uma máquina que bate mais do que alguém aguentaria mas que se acalma ao mesmo tempo por te ter tão perto, tão pacífica e tão magnífica, tão bonita e tão perfeita quanto te recusas a acreditar que és.

És novinho, Imaginas!
ResponderEliminarlindo S2
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